terça-feira, 19 de agosto de 2008


A POSTAGEM-RESUMO É RELACIONADA AO 2° ANO DO ENSINO MÉDIO E A TODOS QUE SE INTERESSAM POR GEOGRAFIA...
A NOVA ORDEM MUNDIAL
Desde a queda do Muro de Berlim, em novembro de 1989, um dos assuntos mais discutidos, na imprensa e nos círculos acadêmicos, é a emergência de uma nova ordem mundial. O que acontece nessa tão Falada nova ordem? Quando ela se definiu e o que traz realmente de novo?
A nova ordem internacional apresenta basicamente duas facetas, uma geopolítica e outra econômica. Na geopolítica e outra econômica. Na geopolítica, a grande mudança foi o fim da Guerra Fria e, conseqüentemente, da bipolarização de poder entre is duas superpotências, Estados Unidos e União Soviética e dos blocos militares rivais por elas comandados. Com isso, abriu-se espaço para um mundo multipolar onde as potências se impõem mais por seu poder econômico do que bélico. Na economia, grande fato ovo é o aprofundamento do processo de globalização e a formação de blocos econômicos supra-nacionais.
A NOVA ORDEM MULTIPOLAR
Durante a Guerra Fria, num mundo bipolar, o poder estava assentado na capacidade militar das duas superpotências. Hoje, no mundo multipolar pós-Guerra Fria, o poder é medido pela capacidade econômica: disponibilidade de capitais, avanço tecnológico, qualificação da mão-de-obra, nível de produtividade e Índices de competitividade. Esses são os novos padrões de poder e influência no mundo, que explicam a emergência do Japão e da Alemanha (principalmente após a reunificação) a posição de grandes potências e, to mesmo tempo a decadência da Rússia. Embora seja i herdeira principal do poderoso arsenal nuclear soviético, o parque industrial russo é, em geral, obsoleto e pouco produtivo, e o país encontra-se mergulhado em profunda crise social, política e econômica.
A China tem luz própria: possui a maior população do planeta e, portanto, um gigantesco mercado consumidor potencial, além de numerosa mão-de-obra, muito barata, oferece facilidades para atração de capitais estrangeiros. Por isso é a economia que mais cresce no mundo atualmente, mas também enfrenta sérios problemas internos particularmente no plano político.
Assim, de longe, os países mais poderosos do mundo hoje são os Estados Unidos, o Japão e a Alemanha - a Tríade -, em torno dos quais vários outros países ainda devem orbitar por muito tempo.
Outro importante aspecto da nova ordem mundial é o aprofundamento da tendência de globalização em suas várias facetas tanto em âmbito mundial quanto regional, com o fortalecimento dos blocos econômicos supra-nacionais.
NOVA ORDEM OU NOVA DESORDEM?
Muitos têm alardeado que a nova ordem mundial é a vitória do capitalismo e da democracia. Em 1989, Francis Fukuyama, filósofo e ideólogo do Departamento de Estado dos Estados Unidos, escreveu um ensaio, transformado no livro O fim da história e o último homem, decretando o fim da . história. Argumentava que a vitória do modelo político e econômico norte-americano tornaria tal modelo dominante, não havendo portanto, mais conflitos. Que houve uma vitória dos Estados Unidos sobre a União Soviética, numa disputa de Estados rivais com sistemas político-econômicos diferente parece não restar dúvidas. Mas mesmo os vencedores apresentam atualmente uma série de problemas econômicos (elevado déficit público, crônico déficit comercial e elevado endividamento interno e externo), que em parte se devem à corrida armamentista.
Assim, os aspectos sócio-econômicos são uma das formas utilizadas atualmente para a regionalização do planeta, embora seja uma maneira bastante genérica e muitas vezes simplificadora. Por ela, divide-se o mundo em países desenvolvidos, designados como países do Norte, e subdesenvolvidos, ou do Sul. A fronteira entre esses dois mundos, obviamente, não é o Equador, pois essa designação não tem caráter estritamente geográfico. Na América, a linha divisória é a fronteira Estados Unidos-México; a Europa é separada da África pelo Mediterrâneo; na Ásia, o Japão é o país mais desenvolvido, porém os Tigres Asiáticos são economias emergentes; e, na Oceania, a Austrália e a Nova Zelândia se incluem no clube dos ricos.
A oposição Norte rico ou desenvolvido e Sul pobre ou subdesenvolvido é bastante esquemática. E os países do Leste Europeu, como classificá-los? Mantêm-se no `Norte " ou estão caminhando para o "Sul"? Além disso, cada vez mais o "Sul" aparece dentro do próprio "Norte", em conseqüência do aprofundamento das desigualdades sociais e do aumento da imigração estrangeira.
OS NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO
O capitalismo avançou de maneira diferenciada no espaço mundial. Num primeiro momento surgiu nos países europeus e, posteriormente, foi estendido às colônias, tanto ao longo dos séculos XVI e XVII quanto a partir do século XIX, com a chamada fase imperialista.
Assim, sua evolução influiu de modo significativo na organização do espaço e nas diferentes paisagens geográficas, pois determinou o nível de desenvolvimento dos países, principalmente no decorrer do século XX. De acordo com o nível de desenvolvimento, os países podem ser reunidos em dois grandes grupos: países desenvolvidos e países subdesenvolvidos.
OS PAÍSES DESENVOLVIDOS
As principais características dos países chamados desenvolvidos são:

• Agricultura intensiva, isto é, moderna e racional, com o emprego de máquinas, técnicas eficiente de produção e mão-de-obra qualificada. Como conseqüência, uma pequena parcela da população empregada na agricultura consegue elevada produtividade, geralmente capaz de sustentar a população de todo o país.
• Nível científico e tecnológico elevado, responsável por um constante aperfeiçoamento das atividades humanas.
• Meios de transporte e comunicação modernos e eficientes.
• Predomínio da população urbana sobre a população rural.
• Baixo crescimento natural da população.
• Elevado nível de vida da população, característica expressa através de:
- baixas taxas de mortalidade infantil;
- alta expectativa de vida, ou seja, elevada duração média de vida;
- reduzido número de analfabetos;
- boas condições de alimentação e habitação.
Mas há significativas diferenças entre os países desenvolvidos. Alguns atingiram um elevado nível desenvolvimento tecnológico e comandam as principais empresas mundiais. É o caso dos Estados Unidos, da Alemanha, do Japão e da França. Outros, gomo Espanha, Portugal, Grécia e Austrália, apresentam ainda parte significativa de sua economia assentada no setor agropecuário, possuem menor grau de desenvolvimento tecnológico e, portanto, exercem menos influência sobre a economia internacional.
Fonte:
Geografia para o ensino médio, editora scipione, 2007.

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